Mulheres fortes e empoderadas- Protagonismo da mulher na dança de salão

No começo do mês fui convidada para participar do evento Mulheres e Dança, em São Paulo, organizado pelo  Resistir com Arte, a proposta era chamar pessoas engajadas em suas práticas para exporem seus trabalhos seguido de um bate-papo com os participantes do evento. A professora Carolina Polezi entrou em contato comigo por causa do meu trabalho de dança de salão queer, o qual eu tenho desenvolvido aqui em Porto Alegre. Compondo esse espaço estavam também o professor Samuel Samways responsável pelo desenvolvimento da proposta de condução mútua, a professora Rubia Frutuoso a qual tem desenvolvido um trabalho de independência da professora mulher na dança de salão, Carolina Polezi que vem discutindo a noção de condução compartilhada e Eliana Capel a qual tem um coletivo de artistas mulheres que desenvolvem suas performances sobre narrativas femininas.

Depois de sermos agraciadas (vou me dar ao direito de colocar os termos no feminino já que a maioria das participantes eram mulheres) pelas apresentações iniciamos o debate, que foi mediado pelo Gustavo Macedo do Resistir com Arte. O que quero trazer para vocês aqui hoje é que estou muito contente em saber que não estou sozinha, e que existem mais quatro pessoas que estão comprando essa bandeira e resistindo em suas práticas pela valorização da mulher no campo profissional da dança de salão. Sim querid@s, infelizmente, essa prática possui ainda uma estrutura hegemônica machista e extremamente opressiva, e há muitas mulheres que estão reproduzindo esse modelo sem nenhuma reflexão à respeito. Estar com meus colegas me fez visualizar que estamos avançando, e que maravilha estarmos em um evento podendo discutir esses aspectos – porque até então nunca vi um espaço que problematize o papel da mulher na dança de salão. Normalmente, os eventos e aulas destinados para mulheres na dança de salão acabam sempre visando a técnica feminina, a sensualidade os enfeites, enfim reforçando esse único lugar da mulher na dança. Nesse sentido, sei que há muito a ser feito, pois a realidade ainda é bastante cruel: tem muita professora e dançarina que não tem direito a falar em sala de aula, que não é mencionada nas apresentações e nas divulgações, que é oprimida pelo parceiro que diz que ela não está dentro dos padrões de corpo de uma bailarina, ou ainda que na dança apenas um pode “mandar” e sempre é o homem o condutor, enfim muitos casos poderiam ser mencionados. Entretanto, hoje, quero apenas levantar algumas inquietações pessoais à respeito desse tema.

Chega de nos sujeitarmos a esse tipo de lugar, vamos passar a valorizar as nossas colegas,  a reivindicar nossos espaços, vamos sim ser donas de academias, ser coreógrafas e professoras independentes, vamos ser protagonistas e registrar a nossa história nessa prática. Convido  vocês a pensarem comigo: quem são as parceiras de Jaime Arôxa? De Carlinho de Jesus? De fulano e de fulano de tal? Ou todos esses homens dançavam sozinhos? A dança de salão se faz a dois, mas sempre nos lembramos apenas dos homens; quem são esses nomes? Onde estão estas mulheres?

Existem inúmeras mulheres maravilhosas que andam a sombra de “mestres” da dança de salão, e nunca são mencionados. Ou ainda como podemos iniciar essa mudança no nosso fazer individual, repensando como nos colocamos em sala de aula ou durante a criação de um novo trabalho. Muitas vezes nos abstemos por não nos sentirmos capazes, em vários espaços, não só da dança de salão, as mulheres são taxadas pela cultura machista como menos capazes, justificando baixos salários ou a não ocupação de cargos maiores. Essa cultura está se modificando, pelas nossas posturas individuais nos nossos espaços de atuação, mas principalmente por um pensar e agir coletivo das mulheres.

Finalizo esse relato/manifesto/desabafo/convite satisfeita e convicta de que o lugar da mulher na dança e na sociedade é onde ela quiser estar. Te convoco professora e bailarina de dança de salão a repensar como tem sido a tua prática diária, quem sabe podemos juntas debater e problematizar muitas questões cristalizadas. Vamos ser protagonistas dessa dança!

Advertisement

Sobre uma noite

Sobre a noite de 15 de dezembro de 2015, ainda tentando processar tudo o que aconteceu. Desde 2012, venho acompanhando o Prêmio Açorianos de Dança e sempre de alguma forma sendo indicada em diferentes categorias pelos diversos projetos que eu estive envolvida. Em nenhuma das ocasiões os prêmios vieram e tudo bem, porque sempre acreditei em um trabalho continuado como artista, autônomo e permanente que independe do julgamento externo, por exemplo, da conquista de editais para acontecer.  Quem decide o que ganha ou não um prêmio está envolto em um emaranhado de questões e fatores durante a decisão de quem levará para casa esse pequeno troféu e que nem sempre compreenderemos ou concordaremos.

Esse ano estávamos nervosos, porque o projeto do Corpobolados sempre foi rodeado de muitas recusas (ocupações, editais, financiamentos). Todavia houve muita gana de fazer a coisa acontecer e a cada “não” recebido tínhamos mais certeza do que precisávamos fazer. Nesse sentido foi o afeto entre as pessoas que se encontraram nesse projeto que fez a ele acontecer. O próprio trabalho já diz em sua concepção que o que nos move é esse encontro e o desejo de aprender e reconhecer o outro. Sendo assim, como já mencionei diversas vezes só posso agradecer a todos que estiveram nessa equipe no início, no meio e no momento atual. Giovanni Vergo e Gabriel Martins, sim vocês acreditaram na minha ideia louca em janeiro de 2013 e se disponibilizaram a tornar real esse processo. Vocês são maravilhosos! Dois artistas que tenho a sorte de trabalhar todos os dias. Com vocês que eu entendo o que é a palavra parceria e toda a dimensão que isso abrange. Minha equipe maravilhosa Mirco Zanini, Iassanã Martins, Fernanda Bertoncello, Ana Carolina Klacewicz, Kyrie Isnardi vocês pegaram junto sem saber no que iria dar, vocês acreditaram na gente. Vocês fizeram a coisa acontecer. Um agradecimento especial ao apoio do generoso Alesandro Rivellino durante o processo de construção do espetáculo. Meus diretores de vídeo e editores favoritos Vini Fontoura e Natália Koren, vocês compraram no início essa loucura e são os padrinhos desse espetáculo. A minha mãe amiga e crítica, por todos os “mas” e a minha família linda por todo o apoio. A minha amiga maravilhosa Mônica Dantas por seu olhar incentivador que me acompanha há bastante tempo, auxiliando a pesquisar os processos artísticos que me rodeiam e mobilizam.

Pois então… sim ganhamos, Coreografia do Ano e Bailarina por esse trabalho. Quem diria equipe Corpobolados, quebramos a cabeça e improvisamos muito até chegar onde chegamos e estamos de parabéns. Quanto ao reconhecimento como bailarina o que falar sobre tal fato!? Sim haviam outras três bailarinas lindas e talentosas indicadas. Inclusive a queridona Didi Pedone, que me conheceu quando eu estava começando e influenciou bastante meu percurso. Acredito que o reconhecimento pela minha atuação nesses dois trabalhos, Corpobolados e Produção Mezcla, reflete o caminho que venho há dez anos trilhando na dança profissionalmente. A origem de meu trabalho, a dança de salão, ao lado de pessoas que me ensinaram muito e o desdobramento de meu pensar, desse corpo atravessado por todas as pessoas em minha formação na universidade, na dança contemporânea e no NECITRA. São tantos corpos que constituem esse eu-bailarina que fica difícil mensurar todos. Sou grata a todos. Nesse sentido o trabalho continua e me sinto responsável em seguir trabalhando seriamente nos processos artísticos, pesquisando meu fazer, estando atenta ao tempo em que vivo. Estando aberta a novos encontros.

Fotos da maravilhosa Joseane Bertoncello.

Grata por viver essa experiência ao lado de vocês!

Falando um pouco mais dessa dança queer

No dia 25 de agosto fui convidada pela querida Yamini Benites para ministrar uma oficina de Dança de Salão Queer na III Semana da Diversidade Sexual e de Gênero da FABICO. Foi uma excelente experiência poder compartilhar essa proposta com todos que estavam presente.  Apesar de ainda sermos poucos praticantes, acredito que essa proposta só tende a crescer. E espero que o movimento queer na dança a dois se torne cada vez mais vivo. Então afim de espalhar essa onda por aí compartilho o vídeo da reportagem que foi feita pela Laura Berrutti sobre a oficina.

 

Eai ficou curioso olha que bonito o registro da Yamini da nossa oficina:

IMG_2104 (1) IMG_2303

IMG_2115 IMG_2272

Lembrando que a oficina acontece regularmente toda a terça das 19h às 20h no Azul Anil Espaço de Arte, na rua Dona Eugênia 836. 

 

Dança de Salão Queer

Informações Oficina de Dança de Salão Queer

10906063_839860132737452_286024641555867599_n

Horários: Terças-feiras das 19h às 20h 

Valores: R$ 100,00 por pessoa podendo haver um desconto de 10% para o casal.

Taxa de matrícula: R$ 45,00

Local: Azul Anil Espaço de Arte na Rua Dona Eugênia, 836.

Informações: lolarte.14@gmail.com -(51) 8139.5519 ou azulanil.espaçodearte@gmail.com – (51) 3029.0994

 A ideia da Dança de Salão Queer surge de um ambiente aberto onde todos os tipos de casais são bem-vindos. O objetivo dessa oficina é vivenciar as danças a dois como uma fonte de comunicação entre os corpos, criando-se assim um espaço de troca, aprendizado e sociabilidade.  Ao longo do curso serão trabalhadas danças como bolero, tango, samba de gafieira, forró, salsa entre outras. As turmas serão pequenas e o atendimento personalizado, as aulas serão de uma hora. Haverá duas turmas todas as terças-feiras uma iniciando às 19h e a outra às 20h. Não é necessário ter par para fazer a aula.

A Dança de Salão Queer se baseia em um movimento que já vem ocorrendo pelo mundo especialmente na prática do tango. Essa perspectiva almeja uma dança que não se limite aos padrões heteronormativos de “Cavalheiro” e “Dama”. A proposta ainda viabiliza que exista uma troca constante entre as os papeis de proponente e seguidor.

Ficou curioso?

Venham fazer uma aula experimental. Agende a sua aula através do email: lolarte.14@gmail.com ou azulanil.espacodearte@gmail.com . É necessário encaminhar apenas o nome completo, telefone para contato e o horário que desejas participar.

04

Compartilho alguns vídeos que tem tudo a ver com o trabalho que será realizado durante a oficina:

Primeiro é de uma dupla de bailarinos Mariano Garcés e Alejandro Figliolo bastante conhecida no universo do Tango Queer:

Nesse segundo temos um vídeo arte de 2008 realizado por Juan Sebastian Torales, que especialmente depois dos 2min a uma dança incrível das bailarinas Fatma Oussaifi e Kahena Saighi:

E por último trago uma iniciativa que rolou em Buenos Aires onde foi realizado um FlashMob chamado “Un Tango Contra La Homofobia”:

Aguardo vocês!

Dança de Salão Queer

04

Vamos começar o ano dançando?

Trago nesta postagem a divulgação de uma nova proposta de aula que começarei a trabalhar esse ano no Azul Anil Espaço de Arte.  A ideia da Dança de Salão Queer surge de um ambiente aberto onde todos os tipos de casais são bem-vindos. O objetivo dessa oficina é vivenciar as danças a dois como uma fonte de comunicação entre os corpos, criando-se assim um espaço de troca, aprendizado e sociabilidade.  Ao longo do curso serão trabalhadas danças como bolero, tango, samba de gafieira, forró, salsa entre outras. As turmas serão pequenas e o atendimento personalizado, as aulas serão de uma hora. Haverá duas turmas todas as terças-feiras uma iniciando às 19h e a outra às 20h. Não é necessário ter par para fazer a aula.

A Dança de Salão Queer se baseia em um movimento que já vem ocorrendo pelo mundo especialmente na prática do tango. Essa perspectiva almeja uma dança que não se limite aos padrões heteronormativos de “Cavalheiro” e “Dama”. A proposta ainda viabiliza que exista uma troca constante entre as os papeis de proponente e seguidor.

Ficou curioso?

Venham fazer uma aula experimental. Agende a sua aula através do email: lolarte.14@gmail.com ou azulanil.espacodearte@gmail.com . É necessário encaminhar apenas o nome completo, telefone para contato e o horário que desejas participar.

Compartilho alguns vídeos que tem tudo a ver com o trabalho que será realizado durante a oficina:

Primeiro é de uma dupla de bailarinos Mariano Garcés e Alejandro Figliolo bastante conhecida no universo do Tango Queer:

Nesse segundo temos um vídeo arte de 2008 realizado por Juan Sebastian Torales, que especialmente depois dos 2min a uma dança incrível das bailarinas Fatma Oussaifi e Kahena Saighi:

E por último trago uma iniciativa que rolou em Buenos Aires onde foi realizado um FlashMob chamado “Un Tango Contra La Homofobia”:

Aguardo vocês então para acompanherem e divulgarem esse novo projeto.

Informações  Dança de Salão Queer

Horários: Terças-feiras das 19h às 20h e 20h às 21h.

Valores: R$ 100,00 por pessoa podendo haver um desconto de 10% para o casal.

Taxa de matrícula: R$ 45,00

Local: Azul Anil Espaço de Arte na Rua Dona Eugênia, 836.

Informações: lolarte.14@gmail.com -(51) 8139.5519 ou azulanil.espaçodearte@gmail.com – (51) 3029.0994

Novidades

Novidade no Blog!!!!!!

 

 

Página nova no blog dedicada ao tango, para vocês conferirem o que eu e o Giovanni Vergo estamos aprontando no Universo TANGUEIRO!

 

Confere lá, comentários são bem-vindos!

 

Apresentação Dança Porto Alegre, 2014.

Apresentação Dança Porto Alegre, 2014.

Voltando a Ativa -MISTUREBA

Início de semana, e nada melhor do que já começar a pensar no que fazer no próximo finde?

Então se liga que o Mistureba está de volta, os ensaios já estão a mil. Estamos com tudo pronto, retomamos cada partezinha dessa proposta e tentamos ao máximo deixar o espetáculo ainda mais divertido. Nos reunimos há mais de um mês para  revisitar esse processo; botando os corpos para se mexer; as cabeças para funcionar; a mão na massa limpando e ajustando os nossos materiais cênicos; e principalmente fazendo vários jogos para deixar os queridos Gabriel Martins, Ramon Ortiz e Ana Bernarecki cada vez mais afiados em cena. Então fica ligado na divulgação do Necitra, porque neste final de semana estamos de volta com MIS-TU-RE-BAHHH!!!!!

 

As caras de felicidade+cansaço depois de uma manhã de ensaio!

 Ensaio Mistureba

Então Desdobramos

Foto Yamine Benites

Foto Yamine Benites

 

Acabou mais uma versão do evento Desdobramentos. Bom sei muitas palavras hoje, acho que devido ainda a ressaca de pós produção, apresentação e comemoração. Só queria deixar esse primeiro registro em foto dos jogos de improviso que levei para compartilhar com o público nessa 5º edição. Obrigada Gabriel Martins pelo companheirismo e a injeção de coragem para continuarmos seguindo os nossos corações e fazendo aquilo que acreditamos. Obrigada colegas do Necitra por mais esse desafio atingido… E amanhã já retomamos ensaios para desdobrarmos a 6º edição 😉

Programação Desdobramentos – 5ª edição

Para os curiosos de plantão, estou compartilhando a programação do 5º Desdobramentos!
Essa edição vem cheia de sangue novo, projetos diferentes e corpos criadores intensos! Criar e produzir um tempo e um espaço de experiência esse pode ser uma funções do artista, que fala por aqueles que não podem falar. Venham respirar junto com a gente nesse evento pulsante de espantar o frio de Porto Alegre!

Conto com vocês amigos 😉

necitra.com

Confira a programação completa desta edição!

PARTE 01 | às 19h
A audiência é convidada a uma viagem sensorial entre os diferentes espaços, internos e externos, da Casa Cultural Tony Petzhold. O público poderá experienciar a convivência simultânea entre artistas e espectadores, sem uma divisão rígida entre palco e plateia. Nesse momento serão apresentados os seguintes trabalhos:

“50 tons de movimento” – Fernando Faleiro | Local: Entrada da Casa
“Zapping, Instantâneos do Corpo- Mini espetáculo para não-atores” – Jacqueline Pinzon e Nayara Brito | Local: Sala Luiz Petzhold | Saiba mais aqui
“Keramikós” – Ana Carolina Klacewicz, Fernanda Boff e Paola Vasconcelos | Local: Atelier do Porão
“Caçar e Comer” – Iassanã Martins e Carol Mendes | Local: Jardim
“Despertando”– Lidiane Santiago, Braunny Lopez e Juliana Werner | Local: Sala Walter Arias | Saiba mais aqui

PARTE 02 | às 20h
Se trata de ampliar as possibilidades da relação…

View original post 176 more words

Corpobolados – embolando na 10ª Mostra Movimento em Palavra

Este post é dedicado a um trabalho que temos realizado desde o começo de 2013 chamado “Corpobolados” a ideia começou com um vídeodança que talvez alguns de vocês já tenham visto por aí. E, como tudo que é potente nessa vida não pode terminar em apenas um única coisa! E assim continuamos pesquisando e resolvemos voltar para o lugar onde eu e meus dois parceiros Giovanni Vergo e Gabriel Martins nos sentimos mais confortáveis: a cena. Dessa forma surgiu o Corpobolados Trio- uma experimentação cênica, que já foi apresentado na 3º edição do Desdobramentos, evento produzido pelo Necitra, e na Mostra de Dança Verão desse ano que é organizada pelo Centro Municipal de Dança. Entretanto a cada vez que surge a oportunidade de levarmos esse trabalho para compartilharmos com o público ele se modifica, se expande e se esclarece.

Imagem

Apresentação no 3º Desdobramentos – Foto de Yamine Benites.

 

Sendo assim, nesse final de semana os nossos corpos embolados e bolados estarão levando esse diálogo entre tango e malabarismo para um dos espaços de grande reconhecimento da cidade ao se tratar de dança contemporânea que é a sala 209. E a parte mais legal é que vamos participar da 10ª Mostra Movimento e Palavra, onde além de dançar e compartilhar com vocês esse estudo em andamentos ainda teremos um espaço bacana para discutirmos e comentarmos os aspectos desse processo.

 

Então fica a dica gente sábado à partir das 19h na sala 209 no Gasômetro 10ª edição da Mostra Movimento e Palavra confere o blog da divulgação do evento:

Divulgação 10ª Mostra Movimento e Palavra

E para quem não viu segue o link do vídeodança Corpobolados: